quarta-feira, 8 de junho de 2011

A Operação Bandeirante, Oban

capitulo do Livro - As Ilusões Armadas - vol.2 - A Ditadura Escancarada de Elio Gaspari - Companhia das Letras - 2002...

Apesar dos sucessos conseguidos pela repressão, o governo se
assustara com a fuga de Lamarca, sobretudo pelo toque romanesco do
capitão do Exército que deixa a fortaleza e se junta aos guerrilheiros. O
general Jayme Portella, na qualidade de secretário-geral do Conselho de
Segurança Nacional, escreveu a Costa e Silva que “a persistir tal
situação é de prever-se: a eclosão de guerrilhas urbanas e rurais; a
atuação mais violenta em atos de terrorismo; a criação de ‘bases’ e
‘zonas liberadas’”. Havia nesse cenário um condimento catastrofista,
resultante da instrumentalização da ameaça, pois quanto maior ela
fosse, mais estariam justificados o AI-5 e todas as suas seqüelas. Ainda
assim, Portella tinha razão quando sustentava: “Os organismos policiais
nas áreas estaduais mostram-se despreparados e insuficientes. A falta
de coordenação e de uma ação maciça de repressão à onda de violência
parece constituir o principal fator de êxito do plano subversivo”
Propunha uma “Comissão Geral de Inquérito Policial-Militar”, vinculada
à Presidência da República.(1) É possível que o general pretendesse
colocar sob sua jurisdição uma central de repressão política, mas, de
qualquer forma, a idéia não prosperou.

A novidade viria de São Paulo onde o general José Canavarro
Pereira assumira em maio de 1968 o comando do II Exército. Ele levara
como chefe do estado-maior o general Ernani Ayrosa da Silva,
condecorado duas vezes por bravura na Força Expedicionária Brasileira. Solteirão, fora mutilado quando o jipe em que viajava
explodiu depois de um choque com uma patrulha alemã. Devia a vida à
Convenção de Genebra, instrumento de proteção internacional dos
prisioneiros de guerra. Capturado no mesmo dia em que os comunistas
italianos metralhavam Benito Mussolini, Ayrosa fora superficialmente
assistido por um médico alemão e deixado em paz num depósito de
cereais. Lá ficou por quase duas se manas, até que a guerra acabou e
os Aliados o levaram para um hospital.(2) Era um homem de fina
educação, general que tocava piano.

O estímulo de Ayrosa ao major Waldyr Coelho e a seus “tigres”
paulistas cristalizou-se na Operação Bandeirante, a Oban. Ela foi
lapidada por meio de uma Diretriz para a Política de Segurança Interna,
expedida pela Presidência da República em julho de 1969, que resultou
no surgimento de estruturas semelhantes em outros estados.(3)


Estabelecia as normas que centralizavam o sistema de segurança,
colocando-o sob as ordens de um oficial do Exército classificado na
seção de informações do comando militar. Ele requisitaria efetivos à PM,
delegados e escreventes à polícia. Manteria algo parecido com um
cartório para tomada de depoimentos e teria sua própria carceragem.


Buscava-se a centralização das atividades repressivas nas grandes
cidades. As delegacias policiais, inclusive o DOPS, estavam obrigadas a
mandar à Oban todos os suspeitos de atividades terroristas. A
providência fazia sentido, tanto pelas energias e tempo perdi dos nas
rivalidades entre o aparelho militar e o civil, como pelas quizílias que
separavam ora os comandantes das diversas unidades ora os delegados
dos diversos serviços especializados da polícia. Criava-se assim um
corpo de polícia política dentro do Exército, funcionando na zona militar
do parque do Ibirapuera.

Subordinada à 2ª Seção do estado-maior das grandes unidades,
essa célula repressiva era uma anomalia na estrutura militar
convencional. Na originalidade e na autonomia, assemelhava-se ao
dispositivo montado pelo general Massu em Argel.(4) Num desvio doutrinário, essa unidade de centralização das atividades repressivas
operava sob a coordenação do Centro de Informações do Exército, órgão
do gabinete do ministro. Em julho de 1969, quando o governador
Roberto de Abreu Sodré com pareceu à cerimônia de lançamento da
Operação Bandeirante, essa questão parecia ser uma dúvida arcana,
irrelevante para quem precisava — e rápido — de comando, ação e
eficiência.(5)

Em termos práticos, o major Coelho fazia tempo pensava em
transferir o seu porão para outra sede, onde tivesse mais segurança e,
sobre tudo, discrição. Uma das inconveniências do quartel estava na
inevitável convivência dos recrutas com a tortura. Além disso, o general
Canavarro achava necessário quintuplicar o efetivo da sua tropa de
Polícia do Exército. Tinha uma companhia com duzentos homens e
queria um batalhão, com 960. A burocracia de Brasília dissera-lhe que
nada havia contra a idéia, desde que ele conseguisse equipar o quartel
sem pedir dinheiro à caixa do ministro.(6) Para satisfação da plutocracia
paulista, o comandante do II Exército aceitou o desafio.

O prefeito da cidade, Paulo Maluf, asfaltou a área do quartel,
trocou-lhe a rede elétrica e iluminou-o com lâmpadas de mercúrio. O
governador Roberto de Abreu Sodré cedeu-lhe espaço numa delegacia
na esquina das ruas Tomás Carvalhal e Tutóia, a cinco minutos do QG
do Ibirapuera, para que nela fosse instalada a Oban. O prédio ficava
numa vizinhança de apartamentos de classe média. Outras
necessidades foram supridas graças à coordenação de Luiz Macedo
Quentel, sóbria figura das rodas da grã-finagem paulistana. Ayrosa via
nele um “homem tradicional por família, religioso por formação, afetivo
por sentimento, carinhoso por bondade, compreensivo e tolerante pela
inteligência’”.(7) Magro, elegante, casado numa das antigas famílias do
estado, fora assessor de Jânio Quadros. Trabalhava causas da Light e
de empreiteiras. “Ele mandou ë desmandou nesta cidade, falava em
nome da espada de Caxias”, relembrou Delfim Netto.(8)

A reestruturação da PE paulista e a Operação Bandeirante foram
socorridas por uma “caixinha” a que compareceu o empresariado
paulista. A banca achegou-se no segundo semestre de 1969, reunida
com Delfim num almoço no palacete do clube São Paulo, velha casa de
dona Vendiana Prado. O encontro foi organizado por Gastão Vidigal,
dono do Mercantil de São Paulo e uma espécie de paradigma do gênero.
Sentaram-se à mesa cerca de quinze pessoas. Representavam os
grandes bancos brasileiros. Delfim explicou que as Forças Armadas não
tinham equipamento nem verbas para enfrentar a subversão. Precisava
de bastante dinheiro. Vidigal fixou a contribuição em algo como 500 mil
cruzeiros da época, equivalentes a 110 mil dólares. Para evitar
pechinchas, passou a palavra aos colegas lembrando que cobriria
qualquer diferença. Não foi necessário. Sacou parte semelhante à dos
demais.(9) “Dei dinheiro para o combate ao terrorismo. Éramos nós ou
eles”, argumentaria Vidigal, anos mais tarde.(10)

Na Federação das Indústrias de São Paulo, convidavam-se
empresários para reuniões em cujo término se passava o quepe. A Ford
e a Volkswagen forneciam carros, a Ultragás emprestava caminhões, e a
Supergel abastecia a carceragem da rua Tutóia com refeições
congeladas.(11) Segundo Paulo Egydio Martins, que em 1974 assumiria o
governo de São Paulo, “àquela época, levando-se em conta o clima,
pode-se afirmar que to dos os grandes grupos comerciais e industriais
do estado contribuíram para o início da Oban”.(12)


Os donativos eram levados ao general Ayrosa.(13) As empresas
nacionais pagaram de acordo com a vontade de seus diretores. Já as
multinacionais americanas procuraram conselhos no consulado dos
Estados Unidos. Se a consulta era telefônica, o funcionário encarregado
do assunto respondia que ficava a critério de cada um, mas pelo menos
um homem de negócios recebeu uma visita complementar de um
funcionário do consulado que, satisfeito, enumerou as empresas que já
haviam decidido ajudar o combate à subversão.(14)

A associação entre interesses empresariais e os da segurança
estava semeada desde 1964, mas floresceu em julho de 69, depois de
quatro incêndios que em menos de 72 horas torraram as instalações de
quatro emissoras de televisão paulistas.(15) O dono da TV Record e um
diretor da TV Globo disseram-se certos de que “o fogo foi ateado por
terroristas”.(16) O jornal Folha de S.Paulo reagiu com um editorial
intitulado “União contra a violência”.

A violência estava envenenando a vida nacional. Em Belo
Horizonte, 38 padres haviam assinado dias antes uma carta endereçada
à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil denunciando a prática e as
sedes da tortura “de que temos certeza”. Enquanto o editorial da Folha
estava nas bancas, começava no Recife o suplício do advogado Luís
Antonio Medeiros de Oliveira, em cujo término, com duas vértebras
fraturadas, ele saiu paralítico. A violência de que falava o editorial era
outra: “esse terrorismo que nada tem a ver com nossas tradições de luta
política e se confunde pura e simplesmente com o banditismo [...]
contra o qual é preciso lutar, custe o que custar”.(17)

A FIESP atirou com um manifesto em que denunciou o
“vandalismo” das “falanges da subversão e do genocídio”. O presidente
da Federação do Comércio, José Papa Jr., garantiu sua solidariedade às
Forças Armadas, “que se cobriram de glórias nas trincheiras e nos céus
da Europa”. “Chegou o momento de dizer basta!”, acrescentou o
presidente da Confederação Nacional do Comércio, Jessé Pinto Freire.(18)


O governador Abreu Sodré advertiu: “Não há lugar para fracos ou
covardes na presente situação: ou se está a favor da ordem que constrói
ou pela desordem que destrói”.(19)

Os responsáveis pelos incêndios das emissoras de televisão nunca
foram identificados. Desvendaram-se todos os assaltos e atentados de
vulto cometidos em 1969 pelas organizações de esquerda, mas os
incêndios das quatro emissoras ficaram na pasta dos crimes insolúveis.
Um telegrama do cônsul americano em São Paulo lançou a suspeita de
que se destinavam a tomar o dinheiro do seguro.(20) Houve sem dúvida uma relação fraudulenta entre a denúncia das “falanges”, a
materialidade dos incêndios, as emissoras e as companhias de seguro.
Nenhuma televisão se considerou formalmente vítima de um atentado,
pois como seus contratos não cobriam sinistros provocados por
sabotadores, elas preferiram ficar com a versão bem mais lógica dos
acidentes. A TV Record já pegara fogo em 1966, e aquele fora o segundo
incêndio do ano.(21) A Globo, onde o incêndio teria começado pela
explosão de um frasco de gasolina gelatinosa (explosivo jamais usado
pelos grupos de esquerda, quer antes, quer de pois de 1969), fez um
grande negócio: “Para nós, isso foi simplesmente o melhor que podia
acontecer. Com o incêndio, nos livramos de uma só vez de toda a
velharia técnica que atrapalhava a nossa produção. Com o dinheiro do
seguro — uma bolada de quase sete milhões de dólares — pudemos
comprar tudo o que precisávamos, do jeito que queríamos, novo em
folha”, relembrou anos mais tarde Walter Clark, o diretor-geral da
emissora.(22) A maior das mobilizações antiterroristas da plutocracia
girara em torno de uma contrafação.


Como sucedera no Rio de Janeiro, o porão paulista se associara à
escumalha da Polícia Civil. O DOPS abasteceu-se recrutando quadros
na Delegacia de Roubos, símbolo da violência e da corrupção.(23) Um dos
ases dessa migração tornara-se peça importante na máquina do major
Waldyr. Sérgio Fernando Paranhos Fleury tinha 35 anos. Passara a vida
na polícia. Era menino quando seu pai, médico-legista, morreu conta
minado por um cadáver. O governo pagara seus estudos, e desde os
dezessete anos ele trabalhava em delegacias, engordando o orçamento
com bicos. Em 1967 fazia parte do grupo de policiais que cuidava da
segurança do cantor Roberto Carlos, o Rei do Iê-Iê-Iê.(24) À sua volta
gravitava uma turma de investigadores audaciosa e violenta. Produto da
polícia paulista, com sua tradição de torturas e assassinatos,
encarnaria o combate ao terrorismo. Vulgar e corrupto, projetava a imagem do machão valente, quando na realidade sua fama derivava da
bestialidade do meio em que vivera e sua ascensão ao posto de chefe
dos janízaros da ditadura, do declínio dos padrões éticos dos
comandantes militares da ocasião. Nunca na história brasileira um
delinqüente adquiriu sua proeminência.


Tinha o pé direito na repressão aos movimentos de esquerda e o
esquerdo na briga entre quadrilhas de tráfico de drogas. Dividia sua
jornada defendendo o regime no porão e os interesses do traficante Juca
na zona. Nos últimos meses de 1968 Juca (José Iglesias) brigara com
seu sócio Miroca (Waldemiro Maia), e Fleury, no comando dos policiais
que lhe vendiam proteção, foi à luta com um objetivo imediato: capturar
uma caderneta onde estava a contabilidade das propinas pagas a
detetives, comissários e delegados, guardada pelo traficante Luciano
(Domiciano Antunes Filho), que ficara no bando de Miroca.(25)

Na madrugada de 3 de dezembro, Fleury, acompanhado por
quatro policiais e um alcagüete, achou Luciano em companhia de outro
marginal. Levaram-nos para o quilômetro 32 da rodovia Castello Branco
e metralharam-nos. Em seguida, abriram a mala do carro e desfizeramse
de outro cadáver. Seriam mais três “presuntos” sem história, se não
tivessem soltado o alcagüete Carioca (Odilon Marcheroni de Queiróz).
Tentando se proteger, contou em juízo e à televisão não só o que vira,
mas também o que sabia da relação da polícia com a guerra das
quadrilhas de tóxicos.(26)

Duas semanas depois, quando o país estava debaixo do choque
da edição do AI-5, Carioca foi preso. Entregaram-no a Fleury e levaramno
para a casa do investigador Fininho (Adhemar Augusto de O1iveira).
No dia seguinte os jornais paulistas publicavam uma entrevista do
alcagüete renegando tudo o que denunciara.(27) Nunca mais se ouviu
falar dele até que Fininho contou a um jornalista que o estrangulou
passando-lhe no pescoço uma corda de náilon. Carregava sua língua no
chaveiro, como amuleto.(28)

Os comandantes militares que incorporaram Fleury à “tigrada”
sabiam que tinham colocado um delinqüente na engrenagem policial do
regime. Nos anos seguintes o delegado tornou-se um paradigma da
eficácia da criminalidade na repressão política. Um raciocínio que
começara com a idéia de que a tortura pode ser o melhor remédio para
obter uma confissão, transbordava para o reconhecimento de que um
fora-da-lei pode ser o melhor agente para a defesa do Estado.

Recompensando o e protegendo-o, em 1971, por sugestão do CIE, o
governo passou-lhe no pescoço a fita verde-amarela com a Medalha do
Pacificador.

A associação de oficiais das Forças Armadas com a bandidagem
da polícia na construção de um sistema de repressão baseado na
tortura foi produto da incompetência. Não era inevitável. A bibliografia
do combate ao terrorismo mostra que muitas vezes as forças policiais
são insuficientes para conduzi-lo, mas o que se montou no Brasil foi
uma trapalhada onde se juntaram os vícios da “meganha” aos males da
militarização das operações.
 

Na época em que subiam as estrelas de Waldyr Coelho e Fleury, o
Centro de Informações do Exército enviou à Grã-Bretanha uma turma
de oficiais para um estágio nos serviços antiinsurrecionais ingleses.29
Lá, num quartel do Herefordshire, funcionava o Special Air Service,
unida de que serviu de modelo para toda uma geração de similares, da
Delta Force americana ao Police Tactical Team de Cingapura.(30) Tratava-se
de uma tropa adestrada, rápida e bem equipada. Em seis semanas
de treinamento de tiro seus soldados disparavam de 1200 a 1500
cartuchos, e a unidade vivia num regime de alerta pelo qual era capaz
de formar em três minutos. Essa tropa nada tinha a ver com
interrogatórios. Destinava-se a vencer os terroristas sempre que dessem
oportunidade para um choque armado. Os inquisidores, bem como os
analistas de informações, ficavam longe dela. Nenhum desses setores se
metia com a carceragem. No Brasil, mesmo utilizando-se unidades de
elite de pára-quedistas e fuzileiros em operações antiinsurrecionais, não
se administrou o treinamento específico indispensável. As unidades
operacionais misturaram-se aos núcleos de informações, e todos se
meteram na carceragem. Exemplo disso era a própria atividade do
prédio da rua Tutóia. Nela conviviam equipes de busca, torturadores,
analistas e carcereiros, como em qualquer delegacia de subúrbio.

O que se apresentava como uma militarização das operações
policiais tornou-se uma policialização das operações militares. O
delegado Sérgio Fleury não ficou parecido com um oficial do Exército.
Eram oficiais do Exército que ficavam parecidos com ele.








1 Veja, 19 de fevereiro de 1969, p. 16.
2 Ernani Ayrosa da Silva, Memórias de um soldado, pp. 79-80. O episódio está narrado
por outro passageiro do jipe, Ápio de Freitas, em Ricardo Bonalume Neto, A nossa
segunda guerra, p. 213.
3 Sistema de Segurança Interna — Sissegin, p. 6. AA.
4 Paul Aussaresses, Services spéciaux, pp. 99-102.
5 Ana Lagôa, SNI, p. 69, e Antonio Carlos Fon, Tortura, p. 15.
6 Ernani Ayrosa da Silva, Memórias de um soldado, p. 118.
7 Idem.
8 Antonio Delfim Netto, janeiro de 1986 e janeiro de 1990.
9 Gastão Vidigal, novembro de 1995. Vidigal mencionou a cifra (“500 milhões”), mas
não se mostrou seguro a seu respeito. Lembrava-se, contudo, que “era muito
dinheiro”.
10 Declaração feita por Gastão Vidigal ao jornalista Silvio Ferraz em 1981.
11 Para os carros da Ford e da Volkswagen, entrevista do ex-sargento Marival Chaves
Dias do Canto ao Jornal do Brasil de 17 de novembro de 1992. Para os caminhões da
Ultragás, Venceremos, órgão da ALN, n° 1, abril de 1970. Para as refeições da
Supergel, Francisco Carlos de Andrade, 14 de agosto de 1988.
12 Paulo Egydio Martins, junho de 1988.
13 Paulo Sawaya, janeiro de 1990.
14 A. J. Langguth, A face oculta do terror, p. 108.
15 Houve incêndios nas seguintes emissoras: Globo, Record, Bandeirantes e Excelsior
(duas vezes). Entre 1966 e 1969 deram-se oito incêndios em emissoras paulistas. Em
1968 o comandante do Corpo de Bombeiros responsabilizara as empresas, por
ineptas, e previra que eles poderiam vir a se repetir. O Estado de S. Paulo, 18 de julho
de 1970.
16 Jornal do Brasil, 15 de julho de 1969.
17 Folha de S.Paulo, 16 de julho de 1969, edição extra, p. 1. Para a tortura de Luís
Antonio Medeiros de Oliveira, Projeto Brasil: nunca mais, tomo V, vol. 2: As torturas, p.
841.
18 Folha de S.Paulo, 20, 23 e 26 de julho de 1969, 12 caderno, p. 5, p. 3 e p 3
19 Telegrama de Robert Corrigan, cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, a
Washington, de 25 de julho de 1969. DEEUA.
20 Telegrama de Robert Corrigan ao Departamento de Estado, de 24 de julho de 1969.
Corrigan fala em “três incêndios”. DEEUA.
21 A TV Record pegou fogo em 29 de julho de 1966,28 de março e 13 de julho de
1969. Em janeiro de 1969 houve também um pequeno incêndio no prédio onde estava
sua antena, com prejuízos irrelevantes. O Estado de S. Paulo, 18 de julho de 1970.
22 Walter Clark, com Gabriel Príolli, O campeão de audiência, pp. 203-10.
23 Para uma descrição do ambiente na Delegacia de Roubos, ver Percival de Souza,
Autópsia do medo, pp. 29-32.
24 Percival de Souza, Autópsia do medo, p. 17.
25 Ofício do procurador Hélio Bicudo, de 12 de fevereiro de 1971, em Hélio Bicudo,
Meu depoimento sobre o Esquadrão da Morte, pp. 177-80.
26 Hélio Bicudo, Meu depoimento sobre o Esquadrão da Morte, pp. 177-80.
27 Idem, p. 179.
28 Hélio Bicudo, Do Esquadrão da Morte aos justiceiros, p. 66.
29 General Antonio Carlos Muricy, agosto de 1988.
30 Leroy Thompson, The rescuers, p. 142.

3 comentários:

  1. Excelente artigo. Memória triste de um tempo que pode se repetir....

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    1. bem que estão tentando sim
      na verdade estamos quase em uma ditadura - mas vamos lutar até o fim

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  2. ...e o$ colaboradore$.
    Agora sabemos porque foram poupados da comissão da verdade que virou meia verdade.
    Eram o braço civil da ditadura! Não foram sequer citados pela pretensa comissão. Empresas, empresários, politicos, etc. que continuam flanando por aí impunes. Porque será...

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